PROPOSTA PEDAGÓGICA

 


                                        Proposta Pedagógica

 

  Nossa preocupação hoje na escola gira em torno da responsabilidade que nós educadores enfrentando em educar as crianças em uma sociedade onde os valores tem sofrido uma crise e as questões de caráter e ética invadem nossas salas de aula e vemos a corrupção impune em nosso país.

  Para satisfazer os nossos anseios procuramos por um autor que fosse ao encontro com a proposta que tínhamos como objetivo e vimos que vários autores discutem sobre a educação do futuro dentre eles mencionamos Edgar Morin (2004) que nos fala sobre “Os sete saberes necessário à educação do futuro”.

  Para Morin (2004) o ser humano é formado por uma identidade complexa, individual, e uma identidade comum, transpessoal, terrena. Seus sete saberes, tão valiosos à educação, são:

 

  Conhecer o que é conhecer – significa que a escola deve aprender com o próprio erro, que nem sempre significa algo negativo mais muitas vezes uma possibilidade de maior crescimento.

 

  Conhecer o que é pertinente – não aprender por aprender ou aprender qualquer coisa, mas selecionar o que as crianças irão aprender. Aprender o global, o complexo de acordo com o contexto. Relacionar o todo com as partes.

 

  Ensinar a condição humana – conhecer o sentido das nossas vidas, a origem e o destino do universo. Fazemos parte de um universo em expansão, estamos ligados ao mesmo tempo e ele por isso a necessidade de respeitar os outros seres humanos e as diferentes opiniões que não são muitas vezes iguais a nossa.

 

 Ensinar a identidade terrena – nosso destino comum no planeta. Compartilhamos com outros seres e coisas, a vida num planeta no qual nosso destino é comum a todos os que fazem parte dele. Por isso a necessidade em se trabalhar o cuidado com o meio ambiente, com a natureza e com tudo que nos cerca, ensinando as crianças a cuidar e preservar o planeta em que vive.

 

  Educar para enfrentar as incertezas – aprender a lidar com o imprevisto, o inesperado, o inesperado, o incerto. É preciso termos em mente que nós profissionais nem sempre teremos certeza e isso é necessário para não nos frustrarmos diante das dificuldades.

   Ensinar a compreensão – cada dia mais vemos o fim da comunicabilidade humana é preciso educar para superar a visão mercenária e capitalista de comunicar para manipular. Todos necessitamos de compreensão. Comunicação não apenas racional, intelectiva, mais afetiva e emocional, intersubjetiva, disponível, aberta a reaprender sempre.

 

   Aprendera ética do gênero humano – educar as crianças a serem éticos. A ética não se confunde com uma postura moral individual. Ela representa um comportamento, nova face a uma nova compreensão do ser humano como individuo/sociedade/espécie. Não tem sentido sermos inimigos uns dos outros pois somos hospedes de uma mesma Terra, e dividimos um mesmo espaço/tempo vivemos em um mesmo planeta.

   Apesar de tudo isso parecer tão obvio, o desafio é colocá-lo em prática. O que Morin (2004) nos demonstra é que temos consciência do que podemos fazer. É preciso que os grandes ideais da educação sejam assumidos pelos agentes da educação, pelo coletivo. Não só assumidos, mais legitimados pelo coletivo. É o coletivo que opera a mudança.

 

Fonte: MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 9 ed. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2004.